quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nossa Educação


Esse artigo foi publicado na edição de maio do jornal do cidadão em Araruna-PB.

Desde seu descobrimento a educação brasileira vem passando por muitas mudanças e modificações, já passamos pela palmatória período onde o professor era ser supremo na sala de aula, seguimos para o método tradicionalista que foi por muito tempo utilizado e até hoje utilizamos, testamos métodos modernistas e construtivistas e hoje temos um misto dos mais diversos métodos de ensino, porém ainda estamos longe de alcançarmos os 100% de perfeição na educação brasileira.
         Lembro-me muito bem dos meus anos de estudo na E.E.E.F.M. Benjamim Maranhão, um tempo onde ainda existia o respeito dos alunos para com os professores e dos professores para com os alunos. Fui criando em um ambiente onde a educação sempre veio em primeiro lugar, com a cobranças e as rédeas de meu pai Zé Dantas e Minha mãe Dolores, apesar de tudo ainda  tinha meus  momentos de rebeldia Professor Ronaldo e Ginaldo de Educação física que o diga, ia pra aula mas não fazia as práticas físicas pedidas, acho que é por isso que hoje estou acima do peso kkk. Dei um pouco de trabalho, tudo isso porque ainda estava sendo aluno, aproveito ainda para falar dos meus melhores momentos de crescimento pessoal, que foi nessa Escola maravilhosa a E.E.E.F.M. Benjamim Maranhão, gostaria de agradecer aos meus queridos professores, pois se hoje sou um professor bem reconhecido pelo meu trabalho e na comunidade onde leciono é porque tive essas pessoas para me instruir, então muito obrigado a vocês: Penha, Ginaldo, Ronaldo, Miguel, Beto, Everaldo, Newman, Gilka, Fio Belarmino, Cristiano, Socorrinha, Maria José, Drª Fátima, Antônio Cruz, Antônio de Pita, Expedito, Solange, Vina, Mágida e Eliane.
         Enfim, caso tenha esquecido de citar alguém, sinta-se abraçado, saibam que tenho um pouquinho de vocês comigo que é o conhecimento que levo e sempre levarei até o fim de minha vida.
         Como disse no início deste texto, época boa era essa, pois ainda existia o respeito, hoje, estou do outro lado da moeda, sou professor já com seis anos de trabalho e experiência, e nunca vi uma violência tão grande como a existente atualmente, comparo nossa profissão hoje com a de um policial ou delegado, pois trabalhamos praticamente dentro de presídios, recordo ainda que recentemente um aluno entrou em uma escola em Santa Rita e atingiram três colegas de sala com tiros, fato parecido que aconteceu na mesma semana na cidade de Bayeux e também no bairro da Torre aqui em João Pessoa, hoje o fascínio de nossos jovens não é mais as literaturas de Machado de Assis e Jorge Amado, as artes, a história e a ciência. Infelizmente boa parte de nossa juventude está mesmo é fascinada pelas drogas, tanto as lícitas como álcool, cigarro, e as ilícitas como maconha, cocaína, crack, oxi, mescla, etc.
         Na época da escola meus amigos e eu tínhamos prazer em nos reunirmos na praça João Pessoa em frente a igreja, mas precisamente na banca de revistas de Titi, lá conversávamos, brincávamos, estudávamos, enfim, nos divertíamos de verdade, sem uso de nem um tipo de drogas e ou bebidas.
         Hoje trabalho no Jardim Planalto, bairro da zona oeste de João Pessoa, onde o divertimento de boa parte dos jovens que estudam na comunidade é conversar sobre o tamanho da pedra que vai fumar ou que fumou, brincar só se for de tiro ao alvo, namorar? Há namorar!  Só se for com a maconha. Tudo isso é refletido na escola, nos estudos e na família, infelizmente isso acontece porque moramos em um país que a instituição FAMÍLIA está praticamente falindo, principalmente nas grandes cidades, não é só o Bolsa Família, que irá concertar esse grande problema, que não deixa de ser social e cultural do Brasil, o que poderá consertar isso será o aumento do respeito pela vida, entre pais e filhos e principalmente quando existir diálogo entre eles, na formação de políticas públicas para valorização da família em primeiro lugar,e apesar de estarmos em pleno século XXI, muitos acham que ser pai e mãe é mandar e oprimir o filho, mas não! Ser pai e mãe é ser, acima de tudo, amigo cúmplice e companheiro de seus filhos.
         Ainda existe concerto, basta investir em diálogos e compreensão, que o mundo será bem melhor, mas enquanto isso não acontecer, ainda iremos trabalhar sem saber se vamos voltar para nossas casas e nossos jovem também.
         Gostaria de finalizar este pequeno texto que mais está parecido com uma memória reflexiva, que pode ser a memória reflexiva de muitos outros conterrâneos dessa cidade maravilhosa que é Araruna, finalizo, enfim, com a frase de dois grandes pensadores e estudiosos do mundo Albert Einstein e Lea Waider onde diz: “Felicidade é saber aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos” Lea Waider e “Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola” Albert Einstein.
         Por Remo Peixoto Dantas, um filho da terra que ainda acredita que é através do afeto da família e da educação que o mundo terá jeito.

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