Mais
uma noite de insônia e estou aproveitando para deixar algo de interessante para
vocês leitores de meu blog, nessa madrugada estou inspirado para falar de um
assunto muito importante nessa época, que são as festas juninas, onde
comemoramos o dia de três santos fortes, Santo Antônio, São João e São Pedro,
santos esses bastante festejados nesse período, onde se mantém a tradição de
soltar fogos, acender fogueiras, dançar aquele bom e velho forró pé de serra ou
o chamado forró de plástico na realidade o que vale é dançar e festejar.
Lembro que nessa época junina no
período de minha infância nas ruas de Araruna, mas precisamente na Av. Epitácio
Pessoa, meu divertimento favorito era os preparativos para a véspera de São
João, para fazer a fogueira em frente de minha casa, algumas vezes aconteciam
algumas coisas inusitadas, uma vez estava sem lenha em minha casa, mesmo assim
queria fazer a fogueira, mas a vontade de fazê-la era tão grande, que recolhi
alguns gravetos que tinha no quintal de minha casa, alguns do meio da rua e
montei a fogueirinha em frente de casa, chamou tanta atenção de quem passava na
rua que comentavam que fogueira grande e elogiava minha criatividade de mesmo
com tão pouco montar a fogueira em homenagem aos santos juninos, outra vez junto
com meu pai e meu irmão fizemos uma fogueira do estilo das feitas na Região Sul
do Brasil, toda transada e acessa de cima para baixo, foi muito engraçado ver a
feição dos vizinhos, todos diziam que não iria dar certo, que não ia acender, e
coisas do tipo.
Chegou a hora de acender a fogueira,
que de acordo com as tradições culturais e populares, deve sempre ser às 18
horas, ou seja, às seis horas da noite, e parecia até um evento todos ficaram
na rua para ver se a tal fogueira iria acender ou não, fiz alguns enfeites com
alguns fogos brilhantes em cima da fogueira e assim, meu pai colocou fogo de
cima para baixo como é feito na Região Sul, e para surpresa de todos, a fogueira
foi a primeira a acender e a primeira a virar brasas, pois a lenha era toda
sequinha, o que quero dizer com essa reflexão toda, que sou louco, talvez! Porque
não? Mas na realidade quero com isso mostrar para quem não teve essa vivência
interiorana, como são bons os festejos juninos, o respeito aos três santos fortes
do mês, a conservação da cultura popular, das comidas de milho, que por sinal adoro
pamonha, canjica, o próprio milho assado ou cozido, show de bola.
Enfim, quero com essa reflexão que
não deixemos morrer aquilo que já é patrimônio cultural e popular da
humanidade, que é o nosso São João, que os festejos, não sejam vistos apenas
como festas de grupos e bandas musicais, se a festa terá Aviões do forró ou
calcinha preta, mesmo que seja um festejo simples com um triozinho pé de serra,
ou um grupo com diz uma grande amiga minha Sandra, um com íngua e dois com
asma, mas que realmente possamos festejar com saúde, paz, felicidade e sem
abusar de bebidas nem de violência, que possamos sim nos divertir como nos
velhos tempos, soltando nossos fogos, acendendo nossas fogueiras e ficar
literalmente na frente de casa vendo a lenha queimar e conversar, divertir-se
de verdade com seus amigos e familiares, pois são esses bons e raros momentos que
levamos conosco no dia de nossa partida para outra vida ou plano espiritual,
não tem ninguém que nos tire aquilo que tenhamos vivido, seja, muito ou pouco,
o que importa é ser feliz mesmo que seja um segundo, mas que tenhamos a
sabedoria de saber transformar esse um segundo em horas, dias ou até mesmo fazê-lo
render para toda eternidade, vou ficando por aqui o sono já está chegando, até
mais, beijos a quem for de beijos e abraços a quem for de abraços #fui.
João Pessoa, 18
de junho de 2012 às 02 horas e 35 minutos da manhã.
Remo Peixoto
Dantas
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