quarta-feira, 20 de junho de 2012

"SOLITUDES"


Senhor, meu Deus! não move minha pena
Vós o sabeis, o impulso da vaidade.
A glória deste mundo é bem pequena
E não nasci para a imortalidade.
Mas não sei por que nada me dissuade
E, antes, tudo em meu sangue me condena
A dar forma, expressão, plasticidade,
Estilo a tudo quanto é dor terrena.
É meu tormento. Chamam-lhe poesia,
Arte do verso. Chamo-lhe o madeiro,
A Cruz da minha noite e do meu dia.
- Cruz em que verto o sangue verdadeiro
E em que minh’alma em transes agoniza
E o coração se crucifica inteiro...
(p. 13.)

Textos Escolhidos

DE SOLITUDES (1918)
Homenagem ao primeiro imortal de Araruna-PB, o grade Antônio Joaquim Pereira da Silva ou simplesmente (PEREIRA DA SILVA).
Texto retirado do site da Academia Brasileira de Letras.

Nossa Educação


Esse artigo foi publicado na edição de maio do jornal do cidadão em Araruna-PB.

Desde seu descobrimento a educação brasileira vem passando por muitas mudanças e modificações, já passamos pela palmatória período onde o professor era ser supremo na sala de aula, seguimos para o método tradicionalista que foi por muito tempo utilizado e até hoje utilizamos, testamos métodos modernistas e construtivistas e hoje temos um misto dos mais diversos métodos de ensino, porém ainda estamos longe de alcançarmos os 100% de perfeição na educação brasileira.
         Lembro-me muito bem dos meus anos de estudo na E.E.E.F.M. Benjamim Maranhão, um tempo onde ainda existia o respeito dos alunos para com os professores e dos professores para com os alunos. Fui criando em um ambiente onde a educação sempre veio em primeiro lugar, com a cobranças e as rédeas de meu pai Zé Dantas e Minha mãe Dolores, apesar de tudo ainda  tinha meus  momentos de rebeldia Professor Ronaldo e Ginaldo de Educação física que o diga, ia pra aula mas não fazia as práticas físicas pedidas, acho que é por isso que hoje estou acima do peso kkk. Dei um pouco de trabalho, tudo isso porque ainda estava sendo aluno, aproveito ainda para falar dos meus melhores momentos de crescimento pessoal, que foi nessa Escola maravilhosa a E.E.E.F.M. Benjamim Maranhão, gostaria de agradecer aos meus queridos professores, pois se hoje sou um professor bem reconhecido pelo meu trabalho e na comunidade onde leciono é porque tive essas pessoas para me instruir, então muito obrigado a vocês: Penha, Ginaldo, Ronaldo, Miguel, Beto, Everaldo, Newman, Gilka, Fio Belarmino, Cristiano, Socorrinha, Maria José, Drª Fátima, Antônio Cruz, Antônio de Pita, Expedito, Solange, Vina, Mágida e Eliane.
         Enfim, caso tenha esquecido de citar alguém, sinta-se abraçado, saibam que tenho um pouquinho de vocês comigo que é o conhecimento que levo e sempre levarei até o fim de minha vida.
         Como disse no início deste texto, época boa era essa, pois ainda existia o respeito, hoje, estou do outro lado da moeda, sou professor já com seis anos de trabalho e experiência, e nunca vi uma violência tão grande como a existente atualmente, comparo nossa profissão hoje com a de um policial ou delegado, pois trabalhamos praticamente dentro de presídios, recordo ainda que recentemente um aluno entrou em uma escola em Santa Rita e atingiram três colegas de sala com tiros, fato parecido que aconteceu na mesma semana na cidade de Bayeux e também no bairro da Torre aqui em João Pessoa, hoje o fascínio de nossos jovens não é mais as literaturas de Machado de Assis e Jorge Amado, as artes, a história e a ciência. Infelizmente boa parte de nossa juventude está mesmo é fascinada pelas drogas, tanto as lícitas como álcool, cigarro, e as ilícitas como maconha, cocaína, crack, oxi, mescla, etc.
         Na época da escola meus amigos e eu tínhamos prazer em nos reunirmos na praça João Pessoa em frente a igreja, mas precisamente na banca de revistas de Titi, lá conversávamos, brincávamos, estudávamos, enfim, nos divertíamos de verdade, sem uso de nem um tipo de drogas e ou bebidas.
         Hoje trabalho no Jardim Planalto, bairro da zona oeste de João Pessoa, onde o divertimento de boa parte dos jovens que estudam na comunidade é conversar sobre o tamanho da pedra que vai fumar ou que fumou, brincar só se for de tiro ao alvo, namorar? Há namorar!  Só se for com a maconha. Tudo isso é refletido na escola, nos estudos e na família, infelizmente isso acontece porque moramos em um país que a instituição FAMÍLIA está praticamente falindo, principalmente nas grandes cidades, não é só o Bolsa Família, que irá concertar esse grande problema, que não deixa de ser social e cultural do Brasil, o que poderá consertar isso será o aumento do respeito pela vida, entre pais e filhos e principalmente quando existir diálogo entre eles, na formação de políticas públicas para valorização da família em primeiro lugar,e apesar de estarmos em pleno século XXI, muitos acham que ser pai e mãe é mandar e oprimir o filho, mas não! Ser pai e mãe é ser, acima de tudo, amigo cúmplice e companheiro de seus filhos.
         Ainda existe concerto, basta investir em diálogos e compreensão, que o mundo será bem melhor, mas enquanto isso não acontecer, ainda iremos trabalhar sem saber se vamos voltar para nossas casas e nossos jovem também.
         Gostaria de finalizar este pequeno texto que mais está parecido com uma memória reflexiva, que pode ser a memória reflexiva de muitos outros conterrâneos dessa cidade maravilhosa que é Araruna, finalizo, enfim, com a frase de dois grandes pensadores e estudiosos do mundo Albert Einstein e Lea Waider onde diz: “Felicidade é saber aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos” Lea Waider e “Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola” Albert Einstein.
         Por Remo Peixoto Dantas, um filho da terra que ainda acredita que é através do afeto da família e da educação que o mundo terá jeito.

terça-feira, 19 de junho de 2012

A Política Paraibana


A política paraibana, sempre teve como princípio, meio e fim o interesse próprio de seus candidatos, seja ele candidato a qualquer dos cargos eletivos do executivo e legislativo, tenho uma visão política diferente acho que enquanto nossos excelentíssimos políticos ainda tiverem essa mente pequena de apenas estar em determinado cargo para sua própria realização pessoal e não com os interesses que realmente são botados em seus cargos que é de trabalhar em prol de seus eleitores, principalmente as classes menos assistidas e carentes da sociedade, muito ta se falando que País rico é país sem pobreza, será? Faço-me essa pergunta de vez em quando e não acho uma resposta plausível para essa afirmativa do Governo Federal.
            Às vezes acho que nossos políticos se fazem de doidos, para tentar apagar a verdade vivida pelo povo brasileiro, vejo o tempo todo a criação de programas, é bolsas e bolsas, alguns desses programas e bolsas até vem dando certo, mas em sua maioria é apenas uma maneira de mascarar a verdadeira  realidade vivida pela população, é o famoso finge que eu trabalho e tu finge que ta tudo bem, gente a situação é gritante do descaso de nossas autoridades para com os mais carentes.
            Alguns posam até de artistas mostrando o que fez, seja no twitter, na TV, no rádio ou em diversos meios de comunicação. Eu fiz isso, eu fiz aquilo, como se tivesse fazendo um favor em fazer uma Escola ou um Hospital, não estão cumprindo mais que suas obrigações, pois foram para defender os direitos e os interesses de todos nós cidadãos que eles estão onde estão, que ao menos eles sejam dignos de darem as fuças o ano todo a população, mas não, de quatro em quatro anos é que aparecem com a maior cara lambida pedindo seu voto, que dizer que, nesse período eles esquecem que são ricos e poderosos, e começam a mendigar votos, justamente onde? Nos locais que muitos desprezam e quando passam em seus carrões nem olham de lado que é para se contaminar com a pobreza de determinados locais. Mas tem ainda um fator importante, muitos não mendigam votos, o que é pior, não são competentes o suficiente para conseguir de livre e espontânea vontade dos eleitores seus votos, se acha no direito de comprar aquilo que o pobre tem de mais valor que é o voto.
            Que nessas eleições que se iniciam, estejamos mais atentos em quem vamos votar, e fica a dica para aqueles políticos que ainda não aprenderam o que é fazer política, que nos debates eleitorais, realmente demonstrem projetos que de alguma forma irá ajudar a população, não percam o tempo precioso de um debate acusando o candidato A ou B, nós não queremos saber de picuinhas políticas queremos é ação ver as propostas e projetos de melhoria para nossas cidades.

Enem: prazo para pagamento de taxa termina na quarta 20 de junho.



Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012 têm até a quarta-feira para efetuar o pagamento da taxa de 35 reais. O valor só pode ser quitado por meio da guia de recolhimento da União (GRU), com pagamento exclusivo no Banco do Brasil. Alunos de escolas públicas que estejam concluindo o ensino médio ou que se declararem integrantes de famílias de baixa renda ficam isentos do pagamento. O pedido de isenção deve ser feito no momento da inscrição.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), mais de 6,4 milhões de pessoas se inscreveram no Enem 2012. O número supera o registrado na edição de 2011 em 275.769 inscrições. O processo, aberto em 28 de maio último, foi encerrado às 23h59 da sexta-feira. São Paulo (1.068.517), Minas Gerais (723.644), Rio de Janeiro (474.046), Bahia (458.101) e Rio Grande do Sul (394.641) são  os estados com maior número de inscritos.
As provas do Enem serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro. No primeiro dia de exame os participantes terão quatro horas e meia para fazer as provas de ciências humanas e da natureza. No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação – a duração total do segundo dia de exame será de cinco horas e meia.

Cultura Popular


              Mais uma noite de insônia e estou aproveitando para deixar algo de interessante para vocês leitores de meu blog, nessa madrugada estou inspirado para falar de um assunto muito importante nessa época, que são as festas juninas, onde comemoramos o dia de três santos fortes, Santo Antônio, São João e São Pedro, santos esses bastante festejados nesse período, onde se mantém a tradição de soltar fogos, acender fogueiras, dançar aquele bom e velho forró pé de serra ou o chamado forró de plástico na realidade o que vale é dançar e festejar.
            Lembro que nessa época junina no período de minha infância nas ruas de Araruna, mas precisamente na Av. Epitácio Pessoa, meu divertimento favorito era os preparativos para a véspera de São João, para fazer a fogueira em frente de minha casa, algumas vezes aconteciam algumas coisas inusitadas, uma vez estava sem lenha em minha casa, mesmo assim queria fazer a fogueira, mas a vontade de fazê-la era tão grande, que recolhi alguns gravetos que tinha no quintal de minha casa, alguns do meio da rua e montei a fogueirinha em frente de casa, chamou tanta atenção de quem passava na rua que comentavam que fogueira grande e elogiava minha criatividade de mesmo com tão pouco montar a fogueira em homenagem aos santos juninos, outra vez junto com meu pai e meu irmão fizemos uma fogueira do estilo das feitas na Região Sul do Brasil, toda transada e acessa de cima para baixo, foi muito engraçado ver a feição dos vizinhos, todos diziam que não iria dar certo, que não ia acender, e coisas do tipo.
            Chegou a hora de acender a fogueira, que de acordo com as tradições culturais e populares, deve sempre ser às 18 horas, ou seja, às seis horas da noite, e parecia até um evento todos ficaram na rua para ver se a tal fogueira iria acender ou não, fiz alguns enfeites com alguns fogos brilhantes em cima da fogueira e assim, meu pai colocou fogo de cima para baixo como é feito na Região Sul, e para surpresa de todos, a fogueira foi a primeira a acender e a primeira a virar brasas, pois a lenha era toda sequinha, o que quero dizer com essa reflexão toda, que sou louco, talvez! Porque não? Mas na realidade quero com isso mostrar para quem não teve essa vivência interiorana, como são bons os festejos juninos, o respeito aos três santos fortes do mês, a conservação da cultura popular, das comidas de milho, que por sinal adoro pamonha, canjica, o próprio milho assado ou cozido, show de bola.
            Enfim, quero com essa reflexão que não deixemos morrer aquilo que já é patrimônio cultural e popular da humanidade, que é o nosso São João, que os festejos, não sejam vistos apenas como festas de grupos e bandas musicais, se a festa terá Aviões do forró ou calcinha preta, mesmo que seja um festejo simples com um triozinho pé de serra, ou um grupo com diz uma grande amiga minha Sandra, um com íngua e dois com asma, mas que realmente possamos festejar com saúde, paz, felicidade e sem abusar de bebidas nem de violência, que possamos sim nos divertir como nos velhos tempos, soltando nossos fogos, acendendo nossas fogueiras e ficar literalmente na frente de casa vendo a lenha queimar e conversar, divertir-se de verdade com seus amigos e familiares, pois são esses bons e raros momentos que levamos conosco no dia de nossa partida para outra vida ou plano espiritual, não tem ninguém que nos tire aquilo que tenhamos vivido, seja, muito ou pouco, o que importa é ser feliz mesmo que seja um segundo, mas que tenhamos a sabedoria de saber transformar esse um segundo em horas, dias ou até mesmo fazê-lo render para toda eternidade, vou ficando por aqui o sono já está chegando, até mais, beijos a quem for de beijos e abraços a quem for de abraços #fui.
João Pessoa, 18 de junho de 2012 às 02 horas e 35 minutos da manhã.
Remo Peixoto Dantas